domingo, 22 de fevereiro de 2009

Pardal (Passer domesticus)


Esta espécie todos conhecemos - é o pardal, presente em todo o País, todo o ano, muito próximo de nós, tanto assim que lhe deram o sobrenome em latim de "domesticus", quer dizar "da casa".

O macho e a fêma têm plumagens diferentes, como vêem na fotografia - a fêmea em primeiro plano tem o pescoço castanho-claro, enquanto o macho tem um característico "bibe" de penas pretas, que no Inverno é pouco marcado sendo mais distinto no Verão. A nuca do macho é cinza e a de fêmea é acastanhada; o macho tem também uma pequena "mascarilha" preta nos olhos.

Vivem cerca de 10/12 anos. Constroem ninhos em edifícios e outras construções humanas, por vezes em árvores, feitos de muitos materiais, como materiais vegetais, penas, fios e papel. Os ovos são chocados pelos dois progenitores durante cerca de 2 semanas e podem chegar a fazer 3 posturas de 3-5 ovinhos, entre Fevereiro e Junho.

São granívoros, embora as crias sejam alimentadas com larvas e pequenos insectos.

Em algumas partes da Europa, principalmente na Holanda e Reino Unido, a sua população diminiu muito nos últimos anos, sem que haja já conhecida uma causa clara para tal.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Chegou a Primavera!


Dizem que uma andorinha não faz a Primavera, e deve ser verdade! Mas a 1ª andorinha é certamente sinal que as outras estarão para chegar.

No dia 18 de Fevereiro vi já uma destas Andorinha-dos-beirais (Delichon urbica) a voar junto à Escola 34 aqui na Alta.

O registo de chegadas e partidas de aves migradoras é um trabalho importante para os ornitólogos amadores, porque nos permite - se formos fazendo esse trabalho ao longo dos anos - perceber padrões migratórios e suas eventuais alterações.

A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves tem inclusive um "Projecto Chegadas", que regista as datas das 1ªas observações de espécies-chave; o super-interesante relatório de 2008 pode ser visto aqui.

Nesse relatório podemos saber por exemplo que as primeiras observações da andorinha-dos-beirais foram em 2008 da 1ª qinzena de Janeiro (ver pag. 7).

Esta é como vêem uma forma fácil e útil das observações que formos fazendo enriquecerem o conhecimento global sobre a ecologia das espécies que nos visitam e dos sítios onde moramos.

Vão à página do projecto Spring Alive (excelente para todos) e vejam como podemos de forma fácil ajudar, conhecer as migrações da aves e quando chegam onde. Bons registos!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Instintos matinais....


Teremos em breve falcõezinhos???

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Peneireiro (Falco tinnunculus)





Continuemos com as surpresas...

Deve estar já a constituir um lar, este casal de pequenos falcões que pode ser visto com frequência na zona da Quinta das Conchas e nos prédios altos que a circundam, em particular nos Dolce Vita e Dolce Farniente.

Os peneireiros nidificam em escarpas, árvores (muitas vezes em ninhos abandonados por gralhas ou corvos), ou sim, em edifícios, desde que os mesmos tenham nichos ou cavidades, de preferência elevados que assim lhes proporcionem segurança e visão alargada dos territórios de caça.

Distingue-se bem o macho da fêmea pela cabeça e topo da cauda de cor cinzenta no primeiro e pela coloração mais uniformemente pintalgada no dorso e cabeça da segunda; na imagem que conseguimos está presente o casal, o macho à esquerda e a fêmea à direita. Como estava longe a ampliação tem "grão" mas deve dar para perceber as diferenças. Visto do lado de dentro deve ser assim; nota-se que é um falcão a sério (no caso uma fêmea), aquele olhar não engana.


É residente em Lisboa, (mas não no centro da cidade, apenas na periferia que ainda tem zonas abertas ou com parques grandes), e ocorre em quase todo o País, com excepção das zonas altas e das zonas florestais muito densas (necessita do chamado mosaico de paisagem, com presença de espaços abertos). Alimenta-se de pequenos mamíferos (ratinhos), lagartixas e insectos.

É assim uma honra termos entre nós este ilustre representante da família dos Falcões; procuremos estar à altura e evitar degradar a Quinta das Conchas e manter na Alta o tal mosaico de paisagem que deverá até contar com algumas zonas agricultadas, quem sabe?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea)


Uma outra alvéola, mas desta vez com a cabeça cinzenta e o peito e barriga amarelos.

Essencialmente invernante na nossa zona, é contudo sedentária e nidificante em boa parte do País, mais para o centro, norte e algarve.

Tem como habitats preferidos os cursos de água doce, onde se alimenta de invertebrados.

É menos comum e mais "arisca" que a alveóla-branca, pelo que a sua observação se reveste de um pouco mais de dificuldade.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Alvéola-branca (Motacilla alba)




Outra espécie, que embora seja residente em Portugal, é muito mais abundante como visitante de Inverno nas nossas bandas.

Normalmente é observada isolada ou em pequenos grupos, mas para pernoitar reune-se em grandes bandos; a bibliografia refere que um desses locais de dormitório invernal será na zona da Praça de Espanha.

A alvéola-branca é uma ave pequena, mais "magra" que um pardal e muito facil de reconhecer, pelas suas cores (branco, preto e cinzento), pela sua forma de andar com a longa cauda a abanar e pelo chamamento, quer em voo quer no chão, tipo "zliit". Alimenta-se de insectos, que procura no chão.



Comum em quase todo o País, prefere espaços na próximidade de água ou húmidos (tais como relvados depois das chuvadas, nas áreas urbanas).

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Felosinha (ou Felosa-comum) Phylloscopus collybita


Esta pequena ave ocorre entre nós essencialmente no Inverno, sendo nessa altura muito comum nos parques e jardins, principalmente se aí existirem relvados com árvores e arbustos nas proximidades.

Isto porque ela se alimenta de insectos no ar e no chão, mas também gosta muito de se empoleirar, talvez para ver melhor o que se passa à sua volta...

É geralmente confiante na presença dos humanos e deixa-nos chegar muito próximo; é fácil então de a reconhecermos, por ser pequena, activa, verde-acastanhada por cima e mais clara na barriga, com uma risca por cima dos olhos e pernas escuras.

Nesta altura do ano é comum aqui pelos nossos lados e de certeza que já a devem ter visto. Aproveitem, porque em breve deverá começar o regresso às suas zonas de nidificação na Europa Central.